As aulas voltaram e, com elas, a correria de pais e filhos. Mas a pressa não pode ser desculpa para deixar a
saúde de lado, afirma a nutricionista Renata Damião, do Hospital Fleury. Ela preparou um guia fácil e rápido para orientar os pais na hora de montar a lancheira dos pequenos. Em resumo: esqueça salgadinhos e refrigerantes; aposte em
frutas e lanches saudáveis.
A lancheira ideal, segundo Renata, contém exemplos de todos os grupos alimentares. Falando assim pode até parecer complicado. Mas não é.
São três esses grupos. O primeiro é dos alimentos “energéticos” — e inclui, por exemplo, todos os tipos de pães. O segundo grupo é dos “contrutores”, como queijo, peito de peru, leite, iogurte e achocolatados. Ou seja, um sanduíche com uma bebida láctea já resolve dois itens da listinha. Para fechar, os chamados alimentos “regula
dores”, que são muito bem representados pelas
frutas.
A psicóloga Daniela Ribeiro, de 27 anos, segue essas regras à risca na hora de fazer a lancheira da filha Flávia, de seis anos. Mas a missão não é fácil. “A Flávia é um pouco chata para comer. Ela só gosta de comer o que não é bom”, conta a mãe. A saída? Fazer a menina participar da escolha do lanche e dar preferência a alimentos saudáveis que sejam do agrado dela.
“Sempre procuro colocar uma fruta, ou um legume, que ela gosta, um sanduíche ou uma bolacha, e uma bebida. Aí ela tem a opção de escolher o que está com mais vontade”, explica Daniela.
A nutricionista aprova a saída encontrada. “Há uma composição bem diferenciada, bem balanceada. Achei interessante o incentivo que ela dá para a filha ajudar a compor a lancheirinha com opções saudáveis”, diz Renata.
“O iogurte fornece as proteínas necessárias para a
criança. A fruta, banana ou mamão, fornece bastante
vitaminas e minerais, o que ajuda no
desenvolvimento escolar e no crescimento. E há oção de um carboidrato, porque a
criança precisa de energia, no pão e na bolacha”, explica. “Lembrando e reforçando que quando for uma bolacha, é bom priorizar sempre uma mais saudável. Evitar bolachas que contêm recheio, que são muito gordurosas, bastante calóricas e não trazem benefícios para a
saúde”, orienta Renata.
Segundo ela, o erro mais comum que os pais cometem na hora de montar a lancheira das
crianças é priorizar salgadinhos e refrigerantes. “Isso tem que ser revisto e o adulto tem que ajudar a
criança a comer opções mais saudáveis”, afirma. “Os pais, como educa
dores, têm que participar desse processo. Quando a gente fala de hábitos alimentares não é só a lancheirinha. São hábitos que vão sendo adquiridos ao longo do crescimento dessa
criança e envolvem também a família”, diz Renata.
Fonte:
G1